terça-feira, 3 de julho de 2012

Pois é Pois

Tenho a Alma em guerra, já não sei se agente vai continuar, a estrada vermelha tá a chegar ao fim, o nevoeiro voltou absorver-me... Hoje vi flores azuis, dentes de leão com o pé verde e de pétalas amarelas, pedras insignificantes que vão cá ficar, para contar que um dia o silêncio era da cor do céu.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011


Um dos meus álbuns favoritos de sempre é o “Só” do Jorge Palma. Um génio genial.
Este álbum foi um álbum gravado com o Jorge sozinho a tocar piano e voz, é um álbum sem mariquices, é música no seu estado puro e genuíno, é um álbum “só”, que me faz sentir feliz, que me faz sentir um sortudo por estar vivo para poder ouvir coisas tão boas estas…é um álbum que me dá força para continuar, ”Enquanto houver ventos e mar a gente não vai parar”…”A gente vai continuar” Foi quase á uma década que ouvi e vi pela vez o Jorge palma a tocar estas músicas…(Escrevo para o vazio)…E o fumo enche o vazio desta escuridão. Parecia que a minha cabeça ia rebentar…mas a música acalmou-me confortavelmente .Já não sou quem era… voltei uma década atrás, navego para a nascente entre águas agitadas …. E a cura não tem fim, tenho medo de me perder neste vazio que pensava conhecer…

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Há Luar


Mergulho na escuridão do vazio, onde já não há nada para escrever, onde as letras são apagadas pelo pó e o lume engolido por uma nuvem cremosa de cinza melancólica.
E grito para apagar o vazio do tempo. “Tempo Espaço… Espaço Tempo”.
Mas haverá luar. No tempo? No espaço?

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Árvores Tristes

Caminhei pela rua sombria, por baixo das árvores tristes.

Começaram a cair as folhas salteadas de luz. Dois corvos possam na boca de uma mina e bebem água, onde já só corre um fio que quebra o silêncio.
Dezoito horas e vinte. O sol brilhava nos bagos de milhos estendidos no manto de pedras, voltei a meter a mão no bolso do casaco e tirei o relógio que martelava o tempo. Era um barulho sem incómodo nem dor!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Largos passos

Após muito tempo sem escrever, decidi escrever alguma coisa, neste momento só importa escrever, escrever...mais nada...porque me apetece.

No fim de olhar para as intermitências da morte, parei tirei as chaves do bolso e virei-me para o Sol de Inverno que brilhava na água da sarjeta ferrugenta. Liguei o rádio para calar o silencio, fiquei quinze minutos a ler, tal como faço todos os dias, ler para depois escrever, depois, porque há sempre um depois, coloquei o pé esquerdo na gravilha azulada e andei largos passos, não para tão longe como gostava.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Crazy World


we all live in the crazy world.
Máquinas de rodas desdentadas, a fazer meia galeota de 11,rodeadas por uma nuvem de pó com aroma a petróleo, onde até as aranhas morrem, as moscas deixam de voar. lá fora o cenário é cinzento fábricas, que me fazem lembrar a capa do "wish you a were" e ás suas sapatas, cartão reagado com água ácida.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

another day...

Hoje acordei mergulhado na escuridão da manhã de Outono,eram 8.30, lá fora a chuva cantava nos paralelepípedos de cimento.
Levantei-me e fui pá sala, peguei no telefone para marcar uma consulta de médico família. Consulta marcada para as 11horas, 11horas é como quem diz 11.30h serviços públicos é assim. no fim da breve consulta voltei para casa, continuava a chover e o céu estava cinzento. São Pedro mandava chuva para os infiéis e para os crentes. Os gatos estavam no parapeito das janelas, as formigas escondidas no mata-juntas das portas, o mando estava a ser baptizado.