master of puppets

Cansado de afinar o silêncio durante toda a manhã, meti o gira discos a rodar, master of puppets dos metallica começou a preencher o silêncio. Passaou-me pela memória o ano 2004, master os pupets era cantada bem alto no parque da bela vista, rock in rio, no rir, (ahahah) sem duvida dos melhores concertos que vi até hoje, o momento mais arrepianete e mais alto do concerto, o auge, acho que foi quando de ouviram os primeiros acordes da "one" como diria a hot legs tina tuner simply da best. lol

chocolate

Estava com fome de chocolate, de chocolate amargo, chocolate é bom chocolate é alegria! Apesar de não estar deprimido, queria comer chocolate, por isso fui á quinta dos pitos silveiros buscar duas panelas de cobre para fazer o magnifico chocolate, no fim de lambuzar os dedos e orelhas a tentar mexer o chocolate lá consegui. O chocolate dá mais trabalho a fazer que as pataniscas de bacalhau pensei eu.
Convidei a donzela da quinta dos pitos silveiros a comer os restos do chocolate, já que me tinha ajudado tanto... A donzela só apareceu quando faltavam 2 minutos para meia noite é verdade Two minutes to midnight, vinha com um vestido lilás parecia verónica de barrabás, falava pelos cotovelos e eu fazia ouvidos de mercador, até que ela entra em pânico quando lhe pergunto quando foi primeira vez que comeu chocolate feito em panelas de cobre. O chocolate até saltou-lhe pelas orelhas meias quebradas! tive que chamar o um!!um!! dois!! felizmente havia um telefone daqueles antigos com uma rodela para marcar os números, e vieram logo 3 senadores e uma senadora acudir á donzela de ferro!
Agora sim é que vai! Diziam os senadores, agora não que me doi a barriga! resmungava a donzela. agora venham mais 100 senadores ajudar a donzela gritava eu! enquanto o eco respondia cento e um cento e dois, cento e três. oh estamos em férias!

espaço-tempo-memória

Certo dia em certo espaço e tempo, fui ver as coisas antigas, que não passam de coisas, elas estavam abrigadas em redomas de vidro para não apanharem pó de areia fina vermelha, os livros antigos dizem que é de Veneza essa areia...
Fiquei boquiaberto com as coisas que vi, eram livros da primeira dinastia, cadernos quadriculados, laminas, tornos manuais, bigornas, tesouras ferrugentas e até linho de enlaçar o lar…tudo isto seria espaço, tempo e memória guardados do mundo...Sem dar conta, a noite ficou fria, só se ouvia os carros a passarem na estrada molhada, bruum brum, e as luzes quentes iluminavam o asfalto molhado, um gato branco e com orelhas pretas e aguçadas saiu pela janela e… a escuridão engoliu-o.

Dead trees

A madrugada estava cinzenta, estava um tempo "Saturno" apesar de estarmos na Terra, os javalis dos Alpes andam á caça de moscas sevandijas, enquanto eu subia as escadas de madeira de laranjeira que davam para o parque de merendas. O parque ficava á sombra de arvores secas, arvores essas por sua vez que ficavam á sombra das nuvens de algodão sujo esfarrapado,é verdade "o algodão não engana" atravessei o parque de merendas desabitado, nem javalis dos alpes repousavam ali naquela clareira, só ervas-seca-ossos e folhas dente-de-leão, chegando á outra margem do parque comecei a caminhar pela estrada de alcatrão sujo, (pior que aquele que vem dentro dos cigarros) onde passam diariamente transportes de mercadorias, As bedford aquelas carrinhas antigas e feias que nem um sapo gigante normalmente vão carregadas até ás orelhas de arvores mortas e descascadinhas, "coitadas das arvores!" penso eu "agora já não poderão guardar as silêncios da floresta” e os seus ramos já não podem tocar música ao sabor do vento, que assobiava nos seus braços curficicados…

Féta :)

Época de festa agora, festa em honra de todos os santinhos, é a alegria total! é a diversão total! e tal!
Não tenho nada contra estas festarolas, nem sei porque há pessoas que as ridicularizam tanto… até acho piada e fui muito feliz nelas durante a minha infância, principalmente na festa em honra da santa Teresinha de Ávila, em que jantava frango de churrasco com batatas fritas numa travessa de inox (made in portugal) e bebia sucol de pêssego de baixo de um alpendre com chapas zincadas, mas do que gostava mesmo era daqueles peixinhos do rio fritos (e cheios de poeira) que eram embrulhados numa folha de papel manteiga…não me lembro do nome do raio dos peixes..mas sei que tinham muitas espinhas! mesmo assim eram tão bons! acho que já não se vendem..se calhar os senhores da “aisai” não gostam..
ao longe já ouvia-se constantemente a musica "life is life" dos Opus antes de começar o bailarico..sem esquecer a meia duzia de foguetes que se ouvia no ceu de setembro.
As ruas já enfeitadas com flores de papel, a estrada é coberta com flores , rosas, lírios, malmequeres...ruas que parecem labirintos que nos levam á felicidade, afinal a felicidade é feita de pequenos momentos, para acabar com as festarolas...se somos um povo simples :)